Escoliose na Vida Adulta: O Que Muda no Diagnóstico e no Tratamento?
- Igor Granito
- 18 de ago.
- 3 min de leitura
Atualizado: 30 de nov.
A escoliose é frequentemente associada à adolescência, mas também pode surgir (ou se agravar) na vida adulta. Nesses casos, o diagnóstico costuma ser mais tardio e os sintomas mais incômodos. Entenda como identificar a escoliose em adultos, quais são os tipos mais comuns e as opções de tratamento disponíveis neste artigo.

O que é Escoliose na Vida Adulta?
Escoliose é uma curvatura anormal da coluna vertebral quando observada de frente. Em vez de uma linha reta, a coluna assume um formato em “S” ou “C”. Embora o tipo idiopático (sem causa definida) seja mais comum na infância e adolescência, muitos adultos também apresentam escoliose, seja por progressão de um caso não tratado anteriormente ou pelo surgimento de uma nova curvatura com o envelhecimento.
Quais os Tipos de Escoliose em Adultos?
Existem dois principais cenários:
1. Escoliose idiopática do adolescente não tratada
Alguns pacientes chegam à vida adulta com uma escoliose leve que passou despercebida ou não foi acompanhada. Com o passar dos anos, o desvio pode se acentuar, especialmente com a perda de massa muscular, alterações posturais e desgaste articular.
2. Escoliose degenerativa (ou de início na vida adulta)
Essa forma aparece após os 40 ou 50 anos e está relacionada ao desgaste natural da coluna, como artrose nas articulações, degeneração dos discos intervertebrais ou colapsos vertebrais. Nesses casos, o desvio pode evoluir de forma lenta, mas progressiva.

Sintomas: Como a Escoliose Se Manifesta na Vida Adulta?
Diferente da fase jovem, em que a escoliose é muitas vezes assintomática, no adulto os sintomas costumam ser mais evidentes, principalmente:
Dor lombar ou torácica persistente, que piora ao longo do dia
Sensação de desequilíbrio ou inclinação do tronco
Um ombro ou quadril mais alto que o outro
Fadiga ao caminhar ou ficar em pé por longos períodos
Dores irradiadas para as pernas (quando há compressão de raízes nervosas)
A dor costuma ser o principal motivo que leva o paciente a procurar um especialista, mas o desalinhamento corporal também pode causar limitações funcionais e impacto na autoestima.
Como é Feito o Diagnóstico?
O diagnóstico da escoliose na vida adulta envolve uma avaliação clínica detalhada, exame físico postural e, principalmente, exames de imagem. A radiografia panorâmica da coluna é o principal exame para medir o grau da curvatura e acompanhar sua evolução. Em casos mais complexos, pode ser necessário o uso de tomografia ou ressonância magnética para avaliar compressões nervosas associadas.
Tratamento: Quais as Opções Disponíveis?
O tratamento depende de vários fatores: intensidade da dor, grau da curvatura, impacto funcional e presença de instabilidade ou compressão neurológica.
Tratamentos não cirúrgicos incluem:
Fisioterapia com foco em reequilíbrio muscular e postura
Analgésicos e anti-inflamatórios para controle da dor
Infiltrações (como bloqueios facetários ou rizotomia)
Exercícios supervisionados para fortalecimento do core
Acompanhamento clínico periódico

A cirurgia pode ser indicada quando:
A dor é crônica e não responde ao tratamento conservador
Há progressão do desvio com impacto funcional
Existe compressão de raízes nervosas ou instabilidade vertebral
O paciente apresenta limitação importante na qualidade de vida
Atualmente, há técnicas modernas e menos invasivas, como a cirurgia com navegação por imagem e até o uso da tecnologia robótica, que aumentam a segurança do procedimento e aceleram a recuperação.
Escoliose em Adultos Tem Cura?
A escoliose não tem “cura” no sentido de reverter completamente a curvatura, mas pode e deve ser controlada. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, estabilizar a coluna e melhorar a qualidade de vida do paciente. Por isso, o acompanhamento com um neurocirurgião especializado é fundamental.
Conclusão
A escoliose na vida adulta é mais comum do que se imagina e pode gerar dor, limitação e desconforto postural. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar a progressão e garantir mais qualidade de vida. Seja com medidas conservadoras ou, se necessário, com cirurgia, é possível viver bem mesmo com esse diagnóstico.
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