Cirurgia de Coluna: Mitos e Verdades Sobre os Riscos de Paralisia
- Igor Granito
- 30 de jun.
- 2 min de leitura
A ideia de “operar a coluna” costuma vir acompanhada de um grande temor: e se eu sair da cirurgia sem andar? Essa é uma dúvida legítima e compreensível, especialmente entre pacientes que já ouviram relatos sobre complicações cirúrgicas. No entanto, é importante esclarecer que paralisia é uma exceção, não a regra.

Neste artigo, vamos falar com clareza sobre os reais riscos de uma cirurgia na coluna, explicar o que mudou nos últimos anos com a evolução da medicina e mostrar por que informação de qualidade é o primeiro passo para enfrentar o medo com segurança.
De Onde Vem o Medo da Paralisia?
Muitas vezes, esse medo tem origem em histórias antigas, generalizações ou até mesmo desinformação passada entre familiares ou em redes sociais. É verdade que a coluna abriga a medula espinhal e os nervos — estruturas sensíveis e importantes para o movimento e a sensibilidade. Mas o que poucas pessoas sabem é que os procedimentos cirúrgicos modernos seguem protocolos rigorosos de segurança, com tecnologias avançadas para proteger essas estruturas.
A Verdade: Paralisia é Rara e Evitável
Ao contrário do que se pensa, a chance de paralisia em uma cirurgia de coluna bem indicada e bem executada é extremamente baixa. Hoje, contamos com recursos como:
Fluoroscopia (arco em C): um raio-X em tempo real que orienta o cirurgião com precisão durante o procedimento.
Neuro-navegação: uma espécie de “GPS cirúrgico” que mostra em tempo real a localização dos instrumentos.
Microscopia e endoscopia: permitem que as cirurgias sejam feitas com mínima invasão e altíssima precisão.
Protocolos de segurança e checklists cirúrgicos: aplicados em toda a equipe, do anestesista ao enfermeiro.

Esses avanços reduzem drasticamente o risco de erro técnico e aumentam a segurança do paciente — inclusive em casos complexos.
E Quando Há Risco Real?
Toda cirurgia, como qualquer intervenção médica, possui riscos. Mas o que realmente determina a segurança de uma cirurgia de coluna é a indicação correta, o grau de comprometimento neurológico do paciente, a experiência da equipe médica e o uso das ferramentas certas.
Há situações em que o risco de não operar é maior do que o de operar. Um exemplo claro é a compressão medular progressiva, que, se não tratada, pode sim levar à perda de movimento, sensibilidade e até controle urinário.
Casos Reais: O Que Vemos na Prática
No consultório, é comum encontrar pacientes que chegaram com dor intensa, perda de força nas pernas ou dormência, e que após a cirurgia, retomaram suas atividades com muito mais qualidade de vida.

A cirurgia nem sempre é uma “última opção”. Ela pode ser, muitas vezes, a solução definitiva para problemas que não melhoram com fisioterapia, medicação ou repouso.
Conclusão
A cirurgia de coluna carrega mitos que precisam ser desfeitos. Quando bem indicada e conduzida por uma equipe especializada, ela é segura, eficaz e transformadora.
Não deixe que o medo paralise sua decisão. Se você sofre com dores na coluna, formigamento, fraqueza ou perdeu qualidade de vida, procure uma avaliação com um neurocirurgião.
O primeiro passo para cuidar da sua saúde é buscar informação correta.
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